sábado, 24 de fevereiro de 2018

A velha rodoviária da Princesa do Baixo Parnaíba


Assim que foi anunciado pela equipe de comunicação da prefeitura municipal de Chapadinha sobre a ampla reforma a qual irá passar a rodoviária, o assunto passou a ser o mais comentado em rodas de conversas e principalmente nas redes sociais onde muitos usaram suas páginas no Facebook para fazer comentários de apoio e também de críticas muitos defendem a total destruição mesmo sem saberem o valor histórico que a rodoviária municipal construída em 1970 tem a cidade de Chapadinha que completa no próximo dia 29 de março 80 anos .

Diante disso o professor Universitário Telmo José Mendes, também fez uso da mesma rede social para esclarecer tais comentários :

Por : Telmo José professor Universitário

Toda cidade tem uma história, que se inicia com a sua fundação e evolui através do tempo . Há muitas formas de contá-la . Ela está presente na cultura de seu povo, nos ciclos de seu desenvolvimento econômico e social, nas obras ilustres e também nas edificações, que podem ser prédios, ruínas, estátuas, esculturas, templos, igrejas, praças, ou até mesmo parte de uma cidade, como por exemplo, o centro histórico da cidade de São Luis . 
O patrimônio histórico representa os bens materiais ou naturais que possuem importância na história de determinada sociedade ou comunidade. Esse conceito começou a ser disseminado a partir do século XIX após a Revolução Francesa (1789) . Ao longo do tempo, esses bens foram construídos ou desenvolvidos pelas sociedades e estão intimamente relacionados com a identidade do local e representam uma importante fonte de pesquisa atual .
Através do patrimônio histórico podemos, portanto, conhecer a história e tudo que a envolve. A escolha e a manutenção de determinados valores através das edificações e obras de arte, principalmente se feitas de uma maneira clara, podem contribuir para o desenvolvimento de uma cidade .
A antiga ‘Rodoviária Municipal de Chapadinha’ foi construida e inaugurada em meados da década de 1970, pelo prefeito Bernardo Serra de Almeida . Desde então esta obra vem servindo a população chapadinhense com atenção ou não dos gestores públicos que passaram pelo paço municipal .

A recuperação e reforma deste prédio, que tem mais de 40 anos, retrata a importancia história para muitos que por ali passaram, chegando ou saindo de nossa ‘Chapada das Mulatas’. Adequar as condições sanitárias e de mobilidade são essenciais para manter viva a história de Chapadinha para futuras gerações .
As obras que ali se iniciam, sob minha batuta, foram pensadas e planejadas para que a história não seja mudada e que a identidade não seja perdida. Não tenho dúvidas e é de conhecimento de todos que as condições precárias indicavam que a mesma não teria mais utilidade, porém ser ‘velho’ não significa ser inútil.

Planejado para inicialmente ser uma nova rodoviária, até a construção de uma grande e proporcional edificação para cidade,  a mesma, já recuperada poderá no futuro servir como um terminal para transporte alternativo, bem como uma feira de artesanato ou centro cultural para a prosperidade.

Colocar ao chão um edifício como este é assassinar um dos testemunhos da evolução da cidade e  valorizar a opinião dos leigos e analfabetos funcionais de um sociedade que não sabe dar valor a sua história .

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