Diego Maradona, um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, morreu hoje (25) por volta de meio-dia, aos 60 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória . Ele estava em sua casa, em Tigre, cidade vizinha de Buenos Aires. A informação foi confirmada pelo biógrafo e pelo advogado do jogador.
No final da tarde, enquanto o corpo de Maradona era levado para a autópsia, John Broyad, chefe dos fiscais da prefeitura de San Isidro, responsável pela investigação, disse que as análises preliminares indicaram que a morte do craque foi natural, sem sinais de violência. Uma autópsia ainda será realizada para determinar a causa da parada cardiorrespiratória.
A saúde de Maradona já estava precária desde o início do mês, quando ele foi operado de um hematoma subdural e depois, por decisão familiar e médica, permaneceu hospitalizado devido a uma "baixa anímica, anemia e desidratação" e um quadro de abstinência devido ao vício em álcool.
Maradona passou mal pela manhã. Segundo a imprensa argentina, seis ambulâncias foram chamadas para atender o ex-jogador, mas os médicos não conseguiram salvá-lo. Após a divulgação da notícia da morte de Maradona, fãs foram para a porta do condomínio onde o ex-jogador morava.
O craque nas Copas
Maradona estreou pela seleção da Argentina em 1977 com apenas 16 anos. E mesmo já sendo um craque, acabou não sendo convocado para a Copa de 78, em casa, que registrou o primeiro título argentino.
O sucesso no Mundial veio oito anos depois, em uma atuação antológica na Copa do México. Maradona levou a Argentina ao bicampeonato e fez dois gols que entraram para a história: um driblando toda a defesa da Inglaterra, e outro com a "Mão de Deus", também contra os ingleses.
Maradona ainda teve uma outra chance de ser campeão do mundo. Em 1990, após eliminar o Brasil, ele levou a Argentina à final contra a Alemanha, mas acabou sendo derrotado.
O craque ainda fez a sua despedida dos gramados de Copa em 1994, mas foi de uma maneira melancólica. No Mundial dos Estados Unidos Maradona foi flagrado no exame antidoping.
A luta contra as drogas
Craque inigualável nos gramados, Maradona travou uma luta fora dos campos. A carreira dele foi marcada por escândalos como o doping na Copa do Mundo e o abuso de drogas. Em sua autobiografia, Maradona revelou que começou a usar drogas após a sua chegada ao Barcelona, no começo dos anos 80.
Em 1991, quando jogava pelo Napoli, foi suspenso após ser flagrado no exame antidoping pelo uso de cocaína. Na Copa de 1994, a substância proibida encontrada em seu exame foi a efedrina, que além de ser usada em remédios para emagrecer é um estimulante.
A carreira
Maradona foi descoberto aos 9 anos pelo Argentinos Juniors na favela onde morava, no subúrbio de Buenos Aires. Ele jogou pela equipe profissionalmente entre 1976 e 1981, quando se transferiu para o Boca Juniors.
Apesar de ter jogado apenas dois anos pelo Boca, antes do retorno no final de carreira, Maradona se transformou em um dos maiores ídolos da equipe.
O bom futebol abriu as portas da Europa e o craque foi para o Barcelona, onde jogou entre 1982 e 1984. Depois, mudou-se para a Itália e formou um dos maiores esquadrões dos anos 80 com o Napoli.
Em 1992, Maradona voltou para a Espanha, desta vez para o Sevilla. Já no final da carreira jogou no Newell's Old Boys e no Boca.
Maradona também teve uma carreira como técnico, com o ponto mais alto dirigindo a Argentina na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
Antes dos problemas de saúde, o campeão mundial pela Argentina em 1986 trabalhava como técnico do clube Gimnasia y Esgrima La Plata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário